Garimpo Pedagógico e afins. Conteúdos voltados para o ensino/aprendizagem, com ênfase nos estudos da Língua Portuguesa e suas Literaturas para o Ensino Básico. Contribuições de vários sites, blogs, livros didáticos e paradidáticos etc.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
sábado, 31 de agosto de 2013
O USO DA CRASE
CRASE
Há é a forma conjugada do verbo haver na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. À é a contração da preposição a com o artigo definido feminino a (a + a = à).
- Usa-se há:
- Quando o verbo haver se apresenta como verbo impessoal, sem sujeito, com significado de existir, devendo ser conjugado apenas na 3ª pessoa do singular.
Exemplos:
Há uma criança correndo no parque.
Há pastéis de carne e de queijo.
- Quando usamos expressões que se referem ao tempo passado, com sentido de tem ou faz.
Exemplos:
Eu já sou mãe há 15 anos.
Há três minutos você ainda não tinha chegado.
- Verbo haver - Presente do indicativo (Conjugação):
(Eu) hei
(Tu) hás
(Ele) há
(Nós) havemos
(Vós) haveis
(Eles) hão
Usa-se à:
- Quando usamos expressões que se referem ao lugar.
Exemplos:
Vou à padaria e volto já.
Todos os alunos foram à praia depois das aulas.
- Quando se refere ao objeto indireto ou a um complemento nominal.
Exemplos:
Eu disse à professora que não sabia a matéria.
Eu chegarei à sua casa na hora marcada.
- A contração à antecede sempre uma palavra feminina.
Na língua portuguesa, a crase é a contração de duas vogais iguais, sendo representada com acento grave. A contração mais comum é a da preposição a com o artigo definido feminino a: a + a = à. Existem outras contrações muito utilizadas, como as contrações da preposição a com os pronomes demonstrativos a, aquele, aquela, aquilo: a + aquela = àquela.
Importante - "a" sem crase:
Para indicar tempo futuro, usamos a preposição a, sem contração com o artigo definido feminino a, não havendo crase.
Exemplos:
Daqui a cinco minutos sairei de casa.
Vou ao supermercado daqui a pouco.
domingo, 25 de agosto de 2013
Atividades sobre o Parnasianismo - Currículo Mínimo 3º Bim 2º ano
Atividades sobre o Parnasianismo - 2º ano EM
QUESTÃO 1
Leia,
As pombas
Vai-se
a primeira pomba despertada...
Vai-se
outra mais... mais outra... enfim dezenas
De
pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia
sanguínea e fresca a madrugada...
E à
tarde, quando a rígida nortada
Sopra,
aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando
as asas, sacudindo as penas,
Voltam
todas em bando e em revoada...
Também
dos corações onde abotoam,
Os
sonhos, um por um, céleres voam,
Como
voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem...
Mas aos pombais as pombas voltam,
E
eles aos corações não voltam mais...
(Raimundo Correia)
Os
poetas parnasianos tinham como um de seus preceitos básicos o culto da forma.
Por essa razão, cultivavam o soneto: composição poética de 14 versos
distribuídos em dois quartetos e dois tercetos, apresentando métrica regular –
normalmente versos alexandrinos (12 sílabas poéticas) e decassílabos (10
sílabas poéticas) – e rima.
A)
Sobre o poema “As pombas”, assinale a alternativa correta:
a. ( ) É um soneto de versos alexandrinos, com as rimas ABBA (nos quartetos) e CCD/EED (nos tercetos).
a. ( ) É um soneto de versos alexandrinos, com as rimas ABBA (nos quartetos) e CCD/EED (nos tercetos).
b. ( ) É um soneto de versos
decassílabos, com as rimas ABBA (nos quartetos) e CCD/EED (nos tercetos).
c. ( ) É um soneto de versos
alexandrinos, com as rimas ABBA (nos quartetos) e CCD (nos tercetos).
d. ( ) É um soneto de versos decassílabos, com as rimas ABBA (nos quartetos) e CCD (nos tercetos).
B) Muitos sonetos parnasianos cultivaram a rima rica, ou seja, rimas entre palavras de classes gramaticais diferentes. No poema “As pombas”, temos um exemplo de rima rica na seguinte alternativa:
a. ( ) soltam/voltam
b. ( ) abotoam/voam
c. ( ) pombais/mais
d. ( ) nortada/revoada
Questão 2
“As pombas” é um soneto terminado com “chave de ouro”, isto é, um verso final bem escrito, que procura condensar uma ideia e arrematar o poema com um belo efeito. A figura de linguagem que contribuiu para a construção do efeito “chave de ouro” no referido poema foi:
a. ( ) antítese
b. ( ) elipse
c. ( ) anáfora
d. ( ) hipérbato
d. ( ) hipérbato
A ANTÍTESE consiste na aproximação de palavras e ideias antônimas (opostas).
A ANÁFORA consiste na repetição de uma ou mais palavras no princípio dos versos ou no início de cada um dos segmentos da frase.
A ELIPSE apresenta ocorrência no poema “As
pombas”, dizemos que consiste na omissão de termos facilmente subentendidos por
meio do contexto
O HIPÉRBATO consiste na apresentação indireta dos elementos
composicionais da frase (sujeito, verbo, complementos).
Leia para responder as seguintes
questões:
A um poeta
Longe
do estéril turbilhão da rua,
Beneditino,
escreve! No aconchego
Do claustro,
na paciência e no sossego,
Trabalha e teima,
e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do
esforço; e trama viva se construa
De tal
modo, que a imagem fique nua,
Rica mas
sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplicio
Do
mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem
lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte
pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Vocabulário)
(Vocabulário)
Artifício – Recurso engenhoso.
Beneditino – Aquele que segue as regras de São Bento, fundador do sistema
monástico cristão. Monge da Ordem de São Bento.
Claustro – Ambiente de isolamento.
Estéril – Improdutivo.
Suplício – Aflição.
Turbilhão – Movimento.
Turbilhão – Movimento.
QUESTÃO 3
Leia
o fragmento a seguir:
“A
busca da objetividade temática e o culto da forma são as mais importantes
características do Parnasianismo. Os poetas parnasianos opunham-se ao
individualismo, ao sentimentalismo e ao subjetivismo românticos, e procuraram
voltar sua poesia para temas que consideravam mais universais, como a
natureza, a história, o amor, os objetos inanimados, além da própria poesia.
Essa poética da impessoalidade era reforçada pelo gosto da descrição e do rigor
formal. O ideal da “arte pela arte” resultou em acentuada preocupação com a
versificação e a metrificação, pois se acreditava que a Beleza residia também
na forma.” (Disponível em: http://www.itaucultural.org.br)
Em “A um poeta”, Olavo Bilac aproxima o
ofício de ser poeta ao ofício de um escultor: ambos buscam moldar,
perfeitamente, a forma de seus objetos estéticos. Tendo por base a leitura do
poema de Olavo Bilac e do fragmento acima,
A)
Explique por que o último verso da 1ª estrofe é representativo do ideal da
“arte pela arte”.
_________________________________________________________________________________
B) Destaque um verso no qual o eu-lírico exteriorize a ideia de que o esforço empreendido na busca pela forma perfeita não pode transparecer no resultado final da poesia.
_________________________________________________________________________________
QUESTÃO 4
Termos acessórios da oração são aqueles que, embora não integrem
necessariamente a estrutura básica da oração, contribuem por informarem
características ou circunstâncias relativas a um substantivo, pronome ou verbo.
O aposto é um dos termos acessórios da oração, que tem por função
explicar, esclarecer, resumir ou comentar algo sobre um termo de natureza
nominal. Em “A um poeta”, destaque um aposto e diga o nome ao qual ele está
relacionado. ________________________________________________________________________________
O Ídolo
Sobre
um trono de mármore sombrio,
Em
templo escuro, há muito abandonado,
Em
seu grande silêncio, austero e frio
Um
ídolo de gesso está sentado.
E
como à estranha mão, a paz silente
Quebrando
em torno às funerárias urnas,
Ressoa
um órgão compassadamente
Pelas
amplas abóbadas soturnas.
Cai
fora a noite - mar que se retrata
Em
outro mar - dois pélagos azuis;
Num
as ondas - alcíones de prata,
No
outro os astros - alcíones de luz.
E de
seu negro mármore no trono
O
ídolo de gesso está sentado.
Assim
um coração repousa em sono...
Assim
meu coração vive fechado.
(Alberto de Oliveira)
(Vocabulário)
Alcíones –
Estrela de terceira grandeza, a mais brilhante das Plêiades.
Austero –
Severo.
Pélago(s) –
Abismo marítimo; pego. 2. mar alto.
Silente –
Silencioso, calado, que não faz barulho.
Soturno – Assustador;
amedrontador; apavorante; terrível.
Sobre a poesia criada na Belle Époque
brasileira, pesa a acusação de “afetação pelo preciosismo da linguagem e da
forma, buriladas como preciosa ourivesaria e superficialidade pela recusa das
questões político-sociais de seu tempo” (BARROS, Fernando Monteiro de. Parnasianismo
brasileiro: Conservador e transgressor. Fólio – Revista de Letras. Vitória
da Conquista. v.3, n. 1. Jan/ Jun. 2011. p. 22).
Questão
5
Retire da 1ª estrofe do poema de Alberto de Oliveira um verso que comprove a afirmação e explique por quê.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Questão 6
Segundo
Rocha Lima, figuras de linguagem são formas de expressar o pensamento ou o sentimento
“com energia e colorido, a serviço das intenções estéticas de quem as usa”.
Representam, portanto, recursos linguísticos explorados principalmente pelos
escritores, que buscam se comunicar com vivacidade e beleza.
A) Percebemos,
na estrofe a seguir, a presença da figura de linguagem comparação.
Comparação ou símile é uma correlação de ideias em que se utilizam elementos
comparativos (como, conforme, tal como etc).
Releia a estrofe destacada abaixo e assinale a opção em que se identifica o emprego dessa figura:
Releia a estrofe destacada abaixo e assinale a opção em que se identifica o emprego dessa figura:
“E
como à estranha mão, a paz silente
Quebrando
em torno às funerárias urnas,
Ressoa
um órgão compassadamente
Pelas
amplas abóbadas soturnas”.
(a ) “Jorra do teu olhar um rio luminoso”. (Olavo
Bilac)
( b)“ “Enquanto mandas as ninfas amorosas
grinaldas nas cabeças pôr de rosas.” (Camões)
(c )“Qual um filósofo, o poeta vive a procurar
o mistério oculto das cousas.”
(d )“ Vi claramente visto o lume vivo.”
(Camões)
(e ) “Astros,
noites tempestades,
Rolai das imensidades!” (Castro Alves)
B) A
poesia parnasiana sustenta-se enquanto forma bem lapidada, cuja matéria-prima é
um vocabulário raro, numa sintaxe elaborada. Em busca do rebuscamento, os
poetas lançam mão de inúmeros recursos estilísticos, dentre os quais as
figuras de linguagem. Identifique a figura de linguagem presente neste verso
do poema “O ídolo”:
“Assim um coração repousa em sono...”
(a) hipérbole, porque há um exagero de
expressão.
(b) eufemismo, porque há uma suavização
de ideia.
(c) metonímia, porque se substitui uma
parte pelo todo.
(d) anáfora, porque há uma repetição de
palavras.
(e) antítese, porque há palavras opostas
justapostas.
C) Na busca da perfeição
formal, o poeta parnasiano usa o ritmo, a métrica, a versificação. Para criar
imagens sugestivas, ele lança mão de figuras de linguagem. Com bastante descritivismo,
Alberto de Oliveira nos remete a uma imagem, nesta estrofe abaixo, criada a
partir de uma sequência de:
“Cai fora a noite - mar que se retrata
Em outro mar - dois pélagos azuis;
Num as ondas - alcíones de prata,
No outro os astros - alcíones de luz.”
(a) metonímias, porque se substitui parte de
uma idéia pelo todo, pelo conjunto.
(b)
metáforas, porque há comparações feitas de forma indireta.
(c)
antíteses, porque há ideias opostas.
(d)
sinestesias, porque há misturas de sensações.
(e)
catacreses, porque há esvaziamento do sentido de uma palavra em detrimento a
outra.
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VERBETE ENCICLOPÉDICO
VERBETE
ENCICLOPÉDICO
É o nome que se dá a cada um dos artigos,
também chamados de entradas, de um dicionário, de uma
enciclopédia, ou de um livro ou obra de referência que organiza informações.
Verbete de
dicionário
Tem explicações sobre a origem e o significado das
palavras, além de classificações gramaticais que ajudam a compreender melhor
sobre a palavra.
Verbete
enciclopédico
Na organização das enciclopédias os verbetes são
explicações e notas sobre um determinado assunto. Em geral, cada
artigo de uma enciclopédia é denominado verbete.
EXEMPLOS DE VERBETES
ENCICLOPÉDICOS
GIRAFA
Nome científico: Giraffa camelopardalis
Nome científico: Giraffa camelopardalis
As girafas podem ser encontradas em todo o território do Centro e do Sul do
continente africano. Gosta de viver nas estepes e savanas, em amplos espaços,
onde pode usar a sua maior arma, a velocidade.
Para se defender só pode dar coices que, apesar de serem mortais se acertarem
em alguém ou algum animal, são difíceis de aplicar quando corre em debandada. O
fato de ter de se agachar para conseguir beber água faz com que a girafa seja
extremamente vulnerável nessa altura e então os seus predadores, os leões, não
perdem a oportunidade. Por esse motivo, as girafas vivem em grupos familiares
que podem ter até 10 elementos e, destes, um dos adultos está sempre alerta
enquanto os outros descansam, bebem água ou se alimentam, e estes animais têm
um olfato e visão dignos do seu tamanho!
Esse é apenas um exemplo, pois as definições dos verbetes enciclopédicos são minuciosas como o exemplo acima e, portanto, extremamente, longos. Veja que neste exemplo a enciclopédia dá todas as informações sobre uma palavra (Girafa).
ÉTICA: s.f.
É um ramo da Filosofia que aborda a ciência da moral;
conjunto de regras que orientam em uma atividade profissional.
ÉTICA (do grego ethos, que significa modo de ser, caráter, comportamento) é o ramo da filosofia que
busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade.
Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se
fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais,
hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar
o bom modo de viver pelo pensamento humano.
MORAL: adj.(lat.moralis) Que diz de respeito às
regras de conduta que regem a uma sociedade; s.m. estado de espírito,
disposição de ânimo; s.f. conjunto de princípios e valores que regem as normas
da sociedade; a parte da filosofia que trata dos costumes, deveres e modo de
proceder dos homens nas relações com seus semelhantes; ética.
MORAL: deriva-se
do latim mores, "relativo aos costumes". Seria importante referir,
ainda, quanto à etimologia da
palavra "moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem
a palavra grega ética. Moral
não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía,
para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a
interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente
humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos
para o âmago do agir, para a intenção. Por outro
lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a
questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na
assimilação social dos valores. A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu"
o sentido de êthos (a dimensão pessoal do acto humano), privilegiando
o sentido comunitário da atitude valorativa.
ATIVIDADES
Leia o texto
seguinte para responder a questão abaixo:
O
Secund Life
O Second Life
(também abreviado por SL) é um ambiente virtual e tridimensional que simula em
alguns
aspectos a vida
real e social do ser humano. Foi desenvolvido em 2003 e é mantido pela empresa
Linden Lab.
Dependendo do tipo
de uso pode ser encarado como um jogo, um mero simulador, um comércio virtual
ou uma rede social. O nome "Second Life" significa em inglês
"segunda vida" que pode ser interpretado como uma "vida
paralela", uma segunda vida além da vida "principal",
"real". Dentro do próprio jogo, o jargão utilizado para se referir à
"primeira vida", ou seja, à vida real do usuário, é "RL" ou
"Real Life" que se traduz literalmente por "vida real".
Esse ambiente
virtual tem recebido ultimamente muita atenção da mídia internacional,
principalmente as.
especializadas em
informática, pois o número de usuários cadastrados e também os ativos têm
crescido
significativamente,
e ainda cresce em forma exponencial.
(veja
gráfico em en: Image: Graph of Second Life population.png).
(Disponível
em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Second_life. Acesso em: 13 ago. 2008.
Adaptado.).
QUESTÃO
1
De acordo com o
texto acima, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) O texto é um tipo de verbete
enciclopédico, uma vez que apresenta informações e características sobre o
assunto.
b) Há um predomínio, no texto, de
sequências analíticas ou explicitamente explicativas, mas também descrições,
identificando o fenômeno.
c) As informações, neste tipo de
texto, não podem trocar de lugar porque prejudicam a compreensão textual.
d) Neste tipo de
texto, as informações podem sofrer alterações, acréscimos ou mesmo exclusões.
e) As primeiras
frases do texto situam o leitor a respeito do que é o tema em questão.
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