quinta-feira, 25 de março de 2021

PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL- A violência, a escola e você

Proposta de Produção Textual - Orientação de Estudos da SEEDUC-RJ

partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade formal da língua portuguesa sobre o tema “Violência contra o professor nas escolas brasileiras”. 

 TEXTO 1

A violência, a escola e você

(Luís Carlos de Menezes)

A onda de violência que atinge escolas no Brasil também é vista em outras partes do mundo. Nos últimos tempos, casos de jovens assassinados em nossas escolas e alternam com notícias de matanças múltiplas em colégios norte- americanos. Mais recentemente, no intervalo de poucos dias, sucederam-se notícias de agressões em que uma professora teve os dentes quebrados, outra teve um dedo decepado, outra ainda os cabelos queimados - e um professor foi morto a tiros.

Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o tráfico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos. Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo para a sala de aula. Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas, funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos.

Todos esses são exemplos de situações internas à escola que precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência do mundo em geral. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido. Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico. Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante(e também quem está nas ruas e no convívio doméstico), desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o preconceito resultam em violência (tanto entre nações como entre pessoas), estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão. Numa sociedade violenta, a esc ola deve se contrapor abertamente à cultura de agressões.

Acredito que as situações que dizem respeito a questões internas devem ser tratadas nos conselhos de classe, identificando responsabilidades, garantindo reparações e promovendo formação. Mas a atitude firme contra a violência deve antecipar-se aos fatos como parte do projeto educativo. Turmas de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres em seu trabalho nem os jovens em seu aprendizado. Como meios e fins devem ser compatíveis, são necessários tempo e instalações, especialmente previstos para o convívio, pois quem é tratado como gado ou fera, enquadrado em carteiras perfiladas ou coletivamente abandonado em pátios áridos, mais facilmente vai se comportar como gado ou fera.

Disponível em:< http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/conteudo_246452.shtml>


TEXTO III

De Paris para a BBC Brasil 28 agosto 2014


Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas. Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%. Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero.

"A escola hoje está mais aberta à sociedade. Os alunos levam para a aula seus problemas cotidianos", disse à BBC Brasil Dirk Van Damme, chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE. O estudo internacional sobre professores, ensino e aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), também revelou que apenas um em cada dez professores (12,6%) no Brasil acredita que a profissão é valorizada pela sociedade; a média global é de 31%. O Brasil está entre os dez últimos da lista nesse quesito, que mede a percepção que o professor tem da valorização de sua profissão. O lanterna é a Eslováquia, com 3,9%. Em seguida, estão a França e a Suécia, onde só 4,9% dos professores acham que são devidamente apreciados pela sociedade. Já na Malásia, quase 84% (83,8%) dos professores acham que a profissão é valorizada. Na sequência vêm Cingapura, com 67,6% e a Coréia do Sul, com 66,5%. A pesquisa ainda indica que, apesar dos problemas, a grande maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com o trabalho.

INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO:

Geralmente os artigos de opinião seguem o padrão da estrutura dos textos     dissertativos-argumentativos:

· Introdução(exposição): apresentação do tema que será discorrido durante o artigo (1º parágrafo);

· Desenvolvimento (interpretação): momento em que a opinião e a argumentação são os principais recursos utilizados (2º parágrafo em diante);

· Conclusão (opinião): finalização do artigo com apresentação de ideias para solucionar os problemas sobre o tema proposto (último parágrafo da redação).

Caderno de Atividades de Língua Portuguesa - OEs, SEEDUC-RJ - 3º ano EM.

terça-feira, 23 de março de 2021

Simulado - Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional.../ 9 Ano EF

 01.  Texto I

Você entrou no trem

E eu na estação

Vendo um céu fugir

Também não dava mais para tentar

Lhe convencer a não partir

E agora tudo bem

Você partiu

para ver outras paisagens

o meu coração embora finja 

fazer mil viagens fica 

batendo parado naquela estação

 (Naquela Estação, Adriana Calcanhoto, João Donato/Caetano Veloso/Ronaldo Bastos)

 Atividades

No trecho Você partiu para ver outras paisagens a oração destacada, expressa, em relação à anterior, sentido que corresponde à pergunta:

a)  “A fim de que?”

b)  “Onde?”

c)  “Como?”

d)  “Quando?"

e)  “Com quê?"

02.    Na frase “a situação seria melhor se as organizações investissem numa educação para a diminuição dos índices do estresse e oferecessem rotinas mais flexíveis”, estabelece-se uma relação de:

a)  causa.

b)  proporção.

c)  comparação.

d)  conclusão.

e)  condição.

 03.   Uma manchete do jornal Metro, 11/04/2017, dizia o seguinte: “Se reforma for adiada, direitos serão perdidos”.  A relação lógica entre as duas orações da manchete é:

a)  uma afirmação seguida de uma explicação;

b)  uma condição seguida de uma consequência;

c)   uma consequência seguida de sua causa;

d)  uma possível causa seguida de uma exemplificação;

e)  uma opinião seguida de uma conclusão.

 04.  Texto II

 Leia o texto dos quadrinhos, para responder à questão.





 

 

 

 

 

 

 

A relação de sentido que  entre as partes sinalizadas no período  (I) Se você não me ajudar com a lição de casa, (II) eu vou processar você  é:

a)  (I) expressa uma causa; (II) expressa o momento da ação.

b)  (I) expressa uma condição; (II) expressa uma possível ação consequente.

c)  (I) expressa modo da ação  realizada; (II) expressa sua causa.

d)  (I) expressa uma comparação; (II) expressa seu efeito futuro.

e)  (I) expressa uma ação possível; (II) expressa uma ação precedente realizada.

 05.   Uma manchete do Estado de São Paulo, 10/04/2017, dizia o seguinte:

“Atentados contra cristãos matam 44 no Egito e país decreta emergência”.

 As duas orações desse período mantêm entre si a seguinte relação lógica:

 a)  causa e consequência;

b)  informação e comprovação;

c)  fato e exemplificação;

d)  afirmação e explicação;

e)  tese e argumentação.

06.  “Com as novas medidas para evitar a abstenção, o governo espera uma economia vultosa no Enem”.

A oração reduzida “para evitar a abstenção” pode ser adequadamente substituída pela seguinte oração desenvolvida:

a)  para que se evitasse a abstenção;

b)  a fim de que a abstenção fosse evitada;

c)  para que se evite a abstenção;

d)    a fim de evitar-se a abstenção;

e)  evitando-se a abstenção.

07.    (Ano: 2017/Banca: OBJETIVA) Em “Segundo a revista New Scientist, os Chaco eram sofisticados do ponto de vista tecnológico...”, a conjunção sublinhada inicia uma oração subordinada:

a) Em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.

b)  Em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.

c)  Indicadora de circunstância de tempo.

d)  Denotadora de causa.

e)  Que liga duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira.

TEXTO 2

08. (Ano: 2017/Banca: VUNESP) Considere a charge de Ronaldo para responder à questão.


Na frase dita pela personagem, a segunda oração “e ela começou a rir...” apresenta, em relação à primeira oração, ideia de

 a)  condição, sinalizando que o cliente vai ser obrigado a recorrer ao cheque especial para pagar suas contas

b)  conformidade, sinalizando que o cliente não obteve o empréstimo bancário que havia solicitado ao gerente.

c)  finalidade, sinalizando que o cliente está com o saldo bancário negativo há vários dias.

d) consequência, sinalizando que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem dinheiro na conta      bancária.

e) causa, sinalizando que o cliente está endividado em decorrência da cobrança dos altos juros bancários.

09.       Assinale a única alternativa abaixo que apresenta uma oração subordinada adverbial, que estabelece relação temporal no Período:

a)  Receberão na próxima semana, a merecida premiação.

b)   Quando chegou, não havia mais ninguém à sua espera.

c)   O equipamento foi revisado semana passada.

d)   O tempo é o melhor remédio para a maioria dos problemas.

 10.   Na primeira oração da frase “Caso ocorra acidente com moto, não toque na vítima” é uma

 a)  oração coordenada assindética.

b)  oração coordenada sindética adversativa.

c)  oração subordinada adverbial condicional.

d)  oração subordinada adverbial consecutiva.


GABARITO

 01.  02.  03.  04.  05.  06.  07.  08.  09.  10. c

segunda-feira, 15 de março de 2021

 MÚSICA: O DIA EM QUE A TERRA PAROU - RAUL 

Essa noite eu tive um sonho de sonhador

Maluco que sou, eu sonhei

Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou

Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa               
                                          

Como que se fosse combinado em todo o planeta

Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém ninguém
O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar

No dia em que a Terra parou (Êêê)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou

E nas Igrejas nem um sino a badalar
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar
Pois sabia o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar
Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Uuu)
No dia em que a Terra parou

O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Foi tudo)
No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou

Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Eu acordei)
No dia em que a Terra parou (Acordei)
No dia em que a Terra parou (Justamente)
No dia em que a Terra parou (Eu não sonhei acordado)
No dia em que a Terra parou (Êêêêêêêêê...)
No dia em que a Terra parou 

(No dia em que a terra parou)
                                                     Compositor: Raul Seixas E Claudio Roberto

 Entendendo a canção:

01 – O que o autor da canção quis dizer ao escrever “a Terra parou”?

      Resposta possível: que as pessoas resolveram que, naquele dia, não sairiam de casa.

 02 – Você acha que em nossa sociedade as pessoas dependem uma das outras? De que forma?

      Sim, cada um tem uma função da qual dependem outras pessoas, direta ou indiretamente.

 03 – Leia de novo a letra da música e tente achar nela exemplos dessas relações.

      Empregado – patrão; dona de casa – padeiro; doente – médico, etc.

 04 – Analisando a canção, é possível perceber que a Terra em si não parou de verdade. Quando o autor se refere à parada da Terra, está querendo dizer o quê?

      Que o espaço geográfico é que parou, pois não havia ação humana para habitar, produzir, estudar e transformar esse espaço.

 

POEMA: AMOR OCULTO - ROSEANA MURRAY

        https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images? q=tbn:ANd9GcSt_BWz7ZWvOe1sItSXA-J3j3txJptk891qkQ&usqp=CAU

Na multidão busco meu amor                            

ainda anônimo

seu rosto que não conheço

entre tantos rostos

a voz que acenderá estrelas

e que ainda é uma voz qualquer

busco meu amor oculto

como em segredo entre as folhagens

e meu coração dispara

a cada indício do seu rastro

busco meu amor como a chave

de um castelo

esquecida há milênios

em algum lugar obscuro

do mundo

busco meu amor desconhecido

como quem busca algodão

num campo imenso

para se forrar por dentro.

                 Fruta no ponto, Roseana Murray

Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série - Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p.198/199.

Para ler, pensar e opinar

 1)   Alguém está buscando o amor. Todos buscam o amor. Esse amor já é conhecido? Justifique sua resposta.

Não. Ele está anônimo ainda.

 2)   O amor é capaz de acender estrelas? Por quê?

É uma forma de poesia pura dizer isso?

Sim. Ver estrelas, quando se ama, é dizer da beleza do sentimento em linguagem poética.

 3)”...busco meu amor como a chave

     de um castelo

     esquecida há milênios...”

     A comparação é poética? Por quê?

 Sim. Buscar uma chave esquecida há tanto tempo é algo forte, como o amor da personagem.

 4)”...busco meu amor desconhecido

   como quem busca algodão

   num campo imenso

   para se forrar por dentro.”

- O algodão lembra lã, calor, aconchego gostoso? E o amor?

  O mesmo.

 - O algodão para forrar-se (esquentar a alma). O amor também dá calor humano à alma? Por quê?

Sim. Porque dá sentido à vida.